domingo, 25 de março de 2012
Exposição Esculturas Vivas
Viagens.
Histórias.
Memórias.
Mnemosyne, a deusa grega da memória, se contempla no reflexo múltiplo dos espelhos. O presente que se encontra no passado que foi, caminhando por histórias, móveis e objetos de uma infância. Reflexões presentes entre o passado e o futuro num espelho corroído.
Reflexos.
Uma luz âmbar, um certo ar de sótão, conta histórias de Bárbara de Crim V. Histórias que caminham por sabores, aromas, cores e flores. Quantas histórias se tem pra contar? As gavetas abertas do passado perpassam momentos que remontam suas peças. Pedras brutas e pesadas com a delicadeza do vegetal. Os aromas, os sabores, os dissabores de uma vida, histórias da sétima flor que desabrocha e amadurece, que gesta e cria.
Em cada peça, delicadamente preparada, observa-se o processo gestacional. O aprendizado diário da espera. A imponência do mineral, que dispõe de tanto tempo para ser formado, serve de berço ao viço do vegetal, o novo, a vida em perfeita harmonia. A formação rochosa, lenta e caprichosa como os caminhos percorridos de uma vida de forma surpreendente e expressiva.
Andrea Madeira
A Exposição Escultura Viva está no Espaço Via Alternativa, de 24 a 31 de março de 2012, na Estrada dos Bandeirantes, 12320, Vargem Pequena, Rio de Janeiro, aberta ao público de 11:00 as 18:00.
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Processo
Parto.
Gesto um mundo de ideias.
Minhas dores vêm e vão sem trégua,
então me entrego.
Permito esse entrelaçamento perfeito onde a alma se acalma.
Onde o fluxo é permanente.
Onde há mansidão e harmonia.
A cada parto sua dor.
A cada idéia nascida,
seus processos,
suas contrações,
contradições,
confusões,
confissões,
contratos,
colapsos,
confiscos,
correntes,
nascentes,
novos,
vivos.
Porque gesto um mundo de ideiais
e de cada parto, um novo mundo.
Eu mesmo me parto e reparto e repito.
A cada parto
um novo ponto,
um novo ser,
um novo eu,
renascer,
crescer
ser.
Gesto um mundo de ideias.
Minhas dores vêm e vão sem trégua,
então me entrego.
Permito esse entrelaçamento perfeito onde a alma se acalma.
Onde o fluxo é permanente.
Onde há mansidão e harmonia.
A cada parto sua dor.
A cada idéia nascida,
seus processos,
suas contrações,
contradições,
confusões,
confissões,
contratos,
colapsos,
confiscos,
correntes,
nascentes,
novos,
vivos.
Porque gesto um mundo de ideiais
e de cada parto, um novo mundo.
Eu mesmo me parto e reparto e repito.
A cada parto
um novo ponto,
um novo ser,
um novo eu,
renascer,
crescer
ser.
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