terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Imagens
liberta-me delas...
para que ambas,
eu e elas,
possam translar sem limites.
"Aprender você sem te prender comigo"(TM)
sábado, 10 de dezembro de 2011
Tempo, Tempo
Ah, o tempo...esse nosso aliado ou inimigo,
Em tempo algum indiferente...
Penetra em nossa memória,
Invade nossas imagens
Quebra totalmente com uma linearidade que insistimos em fazer existir....
Em tempo algum indiferente...
Penetra em nossa memória,
Invade nossas imagens
Quebra totalmente com uma linearidade que insistimos em fazer existir....
Presentes presentes
Um pé-de-sapato-achado,
um cachorro de rua,
quatro formigas juntinhas
e três estrelas cadentes.
Quatro presentes sem procedência,
sem esteio,
Sem trilha ou tino.
Quatro vidas-bem-vividas, quatro.
Junta-se a estes um botão.
Tanto faz se for em flor, tanto faz se for de massa, madeira, madrepérola.
Mais um presente que chega: um botão.
Tenho a sensação que muitos ainda virão
E seguirão assim a sina de ser presente.
Presentes ausentes,
Presentes presentes,
Presentes doentes,
Presentes
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Janelas
A vida passa…
A chuva que desde ontem não parou, cria correnteza pela sarjeta.
Nessa água suja vê-se de tudo: papel perdido, anotações importantes, recados de amor, papel celofane-de-bala, de sorvete, de brincadeiras sem fim, a notinha da padaria, do mercado, da farmácia.
A vida passa na água que lava a vida da calçada.
Faz frio, o frio quieto da solidão, dos monges, das sarjetas embriagadas, cheias de dívidas, cheias de dúvidas, cheias de culpa.
A vida passa…
04 de janeiro de 2011
domingo, 4 de setembro de 2011
Pasta
Fome.
Uma fome que não era fácil de saciar.
Uma fome daquelas que precisa de tempo, fôlego, daquelas que se precisa de dois estômagos, um pra digerir, outro pra ruminar.
E foi pela cor que comecei meu saciamento.
Cores e formas. Um sabor de mangericão, pimenta-do-reino, sal.
Um gosto caseiro, azul, amarelo.
Iniciei o cozimento da pasta, que ainda em ninho instiga meu apetite.
Dispostos transitam entre dois lados.
Revivem a cada matiz.
Renascem de dentro pra fora.
São eles então que me saciam e me instigam.
Ninhos dispostos entre o céu e o inferno.
Entre o dia e a noite.
Entre o estar e o pertencer.
Fazendo clareira entre seu mundo, o meu mundo.
Fazendo poeira de luz e cor, vagabundo.
Tratando do resto de forma digna, explícita, lícita.
Nascendo bufão para ser coroado como imperador.
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Poeticamente o homem habita
Numa manhã chuvosa, fria, enevoada
Uma pequenina se presta ao ardil incessante
Uma pequenina se presta ao ardil incessante
Sua casa constrói de beleza roubada
Trazendo pra si o brilho do diamante
Trazendo pra si o brilho do diamante
Feita de sonhos a delicada parede
Erguida em lugar comum
A estrutura do edifício cede
São os diamantes cantando um a um
Erguida em lugar comum
A estrutura do edifício cede
São os diamantes cantando um a um
Quem se importa quanto tempo durará o brilho
Ou ainda a terna moradia?
O feito eterno em verdade, sem empecilho
Foi habitar com poesia
Ou ainda a terna moradia?
O feito eterno em verdade, sem empecilho
Foi habitar com poesia
segunda-feira, 11 de julho de 2011
pauta de hoje
Qual o nome da música que você estava a tocar?
Em tão linda partitura soam notas de vento e a pausa da noite.
Talvez a benvinda contribuição de uma distraída ave entoando seu canto, embelezando sua pauta ou entorpecendo o fim de um compasso...
Em tão linda partitura soam notas de vento e a pausa da noite.
Talvez a benvinda contribuição de uma distraída ave entoando seu canto, embelezando sua pauta ou entorpecendo o fim de um compasso...
Que belo som parte dessa pauta?
Seria o canto de um pequeno pássaro a burilar seu ninho ante a pausa de uma noite?
Seria o vento a soprar mínima, semínima em descompasso apressado entrelinhas?
Ou somente a calmaria do azul rallentando poco a poco?
Pelas poucas notas que escreve vejo uma pausa de S(c)em compassos,
Um mundo que está por vir,
Vir-a-ser, em si, em dó,
Sem tempo ou passo
(Des)Compasso
(foto de Julia Filardi)
Pelas poucas notas que escreve vejo uma pausa de S(c)em compassos,
Um mundo que está por vir,
Vir-a-ser, em si, em dó,
Sem tempo ou passo
(Des)Compasso
(foto de Julia Filardi)
quarta-feira, 11 de maio de 2011
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