sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Janelas



 A vida passa…
A chuva que desde ontem não parou, cria correnteza pela sarjeta.
Nessa água suja vê-se de tudo: papel perdido, anotações importantes, recados de amor, papel celofane-de-bala, de sorvete, de brincadeiras sem fim, a notinha da padaria, do mercado, da farmácia.
A vida passa na água que lava a vida da calçada.
Faz frio, o frio quieto da solidão, dos monges, das sarjetas embriagadas, cheias de dívidas, cheias de dúvidas, cheias de culpa.
A vida passa…

04 de janeiro de 2011

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