quinta-feira, 30 de abril de 2009

o som de uma lira


E a lira se revolta.
Volta ao passado e desprende saudade a cada sol pálido.
São notas de verdade, de sentimento e razão em si.
Música para esconder a dor e dó.
Dormindo em si, em ré
Escapa em fermata, mi menor.

Vibrato em excesso.
Claves trancam as portas, as saídas, o começo (onde começou ?).

Não há saída ou entrada.
Não há nada.
Somente a música e a lira entre passos desconfiados.


A noite cai, o dia termina.
A lira cai em si e recomeça a primeira escala sem dó.
Seria o tempo ? Seria a lua ?
Talvez o mar que tudo sabe, que tudo esconde,
Que leva e traz segredos de conchas, de meninas, de embarcações.

Trabalho sem fim da lira.
O mar esconde ....onde ?
Dor, dó, maior ou menor, o que importa ?
Recomeçar sempre...
Esse é o trabalho, essa é a luta, a sina
De conchas, de meninas , de embarcações...



2 comentários:

  1. Eis a Lira...
    Ela chora, ela vive, ela é vida para a sua própria vida ^^
    Muito legal fazer esse "mix" de música com "textoema"
    beijos!!!

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  2. A Lira...suspira!
    Delira...se admira!
    Aspira...conspira, se atira...
    E pira!

    No encontro com a loucura se transforma,
    vestida de mar, de céu, de terra e de ar,
    se renova...e renasce.

    Parabéns pelo seu aniversário.

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