terça-feira, 21 de abril de 2009

Saudade


Quando crianças queremos subir aos céus e brincar nas nuvens. Imaginamos o quão bom não seria rolar e pular na nuvem macia como algodão. Fazer dela travesseiro e de outra um brinquedo . Não imaginamos o quão pouco densas e sem graças são. Apenas boas para se ver...

Acontece o mesmo com a lua e o queijo, o final do arco íris, e o por-do-sol ao mar. Queremos ver o ratinho que come a lua, encontrar o tesouro do final do arco íris, escutar o barulho sol que se apaga ao se pôr no mar. Esperar por Papai Noel e Coelhinho da Páscoa e o Velhinho do Sono.

Sinto saudades... saudades de um tempo que não chegou, ou que brincando comigo fez de mim duas jogadas antes fazendo-me chegar antes e ver as coisas antes de acontecerem.
Tenho saudades de um tempo que não virá porque antes de ser seu tempo eu já havia estado.

Sinto falta do que não tive, do que não conheci, sinto falta do que não aconteceu.

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